COLABORAÇÃO: A CHAVE PARA PROJETOS DE SUCESSO
"Se podemos sonhar, também podemos tornar nossos sonhos realidade." Walt Disney
INTRODUÇÃO
Uma parte importante do funcionamento do Leds é o seu ambiente. Muitos dos objetivos que o Leds possui é mais facilmente atingido em função dos elementos externos que o Leds interage. Por meio do ambiente é formada uma rede de colaboração que ajuda na solução de problemas. A colaboração é um ponto chave da relação do Leds com o seu meio, e é essa colaboração com o ambiente que potencializa vários aspectos importantes da educação do aluno. Afinal é através de diferentes pontos de vistas e experiências que a educação é potencializada. Ao longo desse capítulo será demonstrado como o ecossistema está sendo gerado, seus benefícios e como esse está se estruturando.
MOTIVAÇÃO
Leds é um ambiente de aprendizado vivêncial. Para que o aluno e o processor tenha vivências construtivas, que lhe acrescentem boas experiências e que sejam agregadoras, é muito importante que haja esse ecossistema. É importante que exista no Leds interação externa, que haja um ambiente rico e diversificado que permita troca de diversas experiências, que motive soluções inovadoras, etc. Isso facilitará que o aluno tenha uma visão mais ampla a cerca de sua área de atuação, o que ajudará na resolução de problemas.
Um elemento importante no ecossistema do Leds, talvez o mais importante, são os clientes dos projetos do Leds. São eles que direcionam, aprovam, avaliam, dão feedback dos resultados desenvolvidos no laboratorio. A principal contribuição dos clientes é a motivação. Eles fornecem a problemática, eles “sentem a dor” que queremos “curar”.
No campus serra, o Leds possui como principais competências, o desenvolvimento de sistemas de informação e de software embarcado. Essas são os principais conhecimento desenvolvidos no laboratório e estão bastante relacionados com a formação e área de atuação dos coordenadores dessa unidade. Entretanto, em função das problemáticas a serem resolvidas, é necessário aplicar competências diferentes, como por exemplo, Design de Produto, Segurança de Sistemas de Informação e Design de Interface com o Usuário. Tais competências podem ser desenvolvidas no próprio ambiente com os alunos e professores do campus. Entretanto, isso pode trazer uma sobrecarga e diminuir a qualidade do trabalho realizado. Dessa forma, pode ser interessante envolver outros elementos, com competências complementares, para colaborarem em um mesmo projeto e, assim, cria-se a necessidade de colaborar com agentes externos ao campus em forma de colaboração.
PROJETO: A "COLA" DA COLABORAÇÃO
Na realização de um projeto, diferentes núcleos podem estar envolvidos no desenvolvimento de uma solução. Geralmente um deles possui um papel centralizador no projeto. A colaboração dos núcleos pode ocorrer de diferentes formas. Uma delas, envolve o engajamento mútuo de alunos de diferentes cursos para o desenvolvimento do projeto. Nesse caso alguns dos alunos trabalham na interseção de dois núcleos, eles são responsáveis por concretizar as pontes de conhecimento entre diferentes núcleos. Por exemplo, no desenvolvimento do Sincap, o Leds/Serra, possui o papel centralizador. Ele possui uma integração com um grupo do curso Desing da Ufes, chamado Phocus. Esse grupo é composto de alunos da UFES que estão trabalhando dentro do Leds. Esses alunos formam um núcleo coordenado por um professor da Ufes. A figura apresenta a organização dos núcleos em torno de um mesmo projeto.
Os núcleos podem possuir deferentes funções. No caso do Sincap, por exemplo, existem núcleos atuando com os seguintes focos:
- Desenvolvimento do Sistema de Informação (LEDS);
- Design (Phocus);
- Segurança da Informação (LABSeg);
- CNCDO/ES (cliente);
- Audio-visual (cefor);
- Pesquisa (SEEC e LABSeg);
O projeto é o elemento que “cola” e o “meio” no qual o Leds utiliza para trabalhar em conjunto e compartilhar o seu conhecimento. Por exemplo, os alunos de Design (Phocus) estão utilizando o projeto Sincap para aplicar e ensinar para outros alunos, em um projeto real, as 10 heurística de usabilidade de Nielsen. Essa técnica foi discutida e ensinada pelo professor responsável pela Phocus. Isso dá a oportunidade aos alunos de vivenciarem na prática o conhecimento. Por outro lado, como contrapartida, o Leds/Serra ensina gestão de projetos e desenvolvimento de sistemas para os envolvidos. Complementando o conhecimento de design desses alunos.
Por fim, note que essa colaboração entre os grupos de pesquisa, empresas júnior e outras entidades ao redor do projeto ocorre de uma forma natural e movido a necessidade do projeto e aprendizado dos envolvidos e, são os alunos que fazem a “ligação” entre os diferentes Leds.
UM EXEMPLO DE COLABORAÇÃO: PROJETO SINCAP E MAPA DO BEM
A rede de colaboração pode existir independente de projetos, ou ser formada para a realização de um projeto em específico. Não existe uma regra sobre quem pode atuar como um Leds na rede de colaboração. Por exemplo, no caso do Sincap, o grupo de pesquisa Seec atua fazendo pesquisas, um grupo de alunos da UFES, vinculados à empresa Jr. de lá (chamada PHOCUS), também atuam, além do próprio Leds/Serra, responsável pelo desenvolvimento. Esses são os três núcleos que contém alunos atuando. entretanto, nesse caso, existem mais outros elementos envolvidos na rede de colaboração. Eles são componentes importantes, mesmo não possuindo nenhum aluno envolvido.
Como está ilustrado na Figura , cada Leds na cor laranja (Leds/Serra e Equipe de Design) é responsavel pela construção do sistema SinCap. Nesse caso, o Leds/Serra tem um papel mais centralizador no ambiente, gerenciando o projeto, os recursos e as intereções entre os outros membros da rede de colaboração. Os núcleos CNCDO, BO (Banco de olhos) e Hospitais (de azul) representam os clientes. O de roxo, o Seec, atua com a pesquisa. Os núcleos brancos apoiam o Leds de alguma forma, por meio de infraestrutura, produção audio visual ou fomento.
Outro projeto que foi realizado em rede é o "Mapa do Bem". Objetivo deste projeto foi o desenvolvimento de um aplicativo movel que permita que divulgar os pontos gastrônicos e culturais de comunidades carentes do municipio de Vitória. O Mapa do Bem foi realizado em conjunto entre o LEDS, LabTEEC e o Ateliê de Ideias. O projeto foi financiado pelo CNPq.
A equipe do LabTeec fico responsável por realizar o mapeamento e o georeferenciamento dos pontos gastrônicos e culturais das comunidades carentes enquanto o Leds ficou responsável pelo desenvolvimento do aplicativo móvel e do aplicativo web para o cadastro do pontos. Veja o resultado dessa parceria na figura abaixo.
CONCLUSÃO
COLABORAÇÃO É A CHAVE PARA O DESENVOLVIMENTO